22.1.10

the hardest thing I've ever done is keep beliving there's someone in this crazy world for me. the way that people come and go through temporary lives, my chance could come and I might never know. I used to say no promises, let's keep it simple. but freedom only helps you say goodbye. it took a while for me to learn that nothing comes for free, the price I've paid is high enough for me. I know I need to be in love, I know I've wasted too much time. I know I ask perfection of a quite imperfect world, and fool enough to think that's what I'll find. so here I am with pockets full of good intentions, but none of them will comfort me tonight. I'm wide awake at 4 am, without a friend in sight, hanging on a hoop, but I'm all right.

Carpenters

2.1.10

medo

das longas durações, das curtas distâncias, do compromisso, da liberdade, de ser invisível, de perder a discrição, das noites insones, de dormir pra sempre, de falar demais, de acabar o assunto, de perder a viagem e me perder. medo da febre, do frio, da ressaca, da sobriedade, do preto, do branco, mais ainda do cinza. medo de não ter chão, medo de não voar. tenho medo da intimidade, das relações de aparência, do escuro e da claridade, portas e janelas, vida e caos. medo de respirar em público, de conversas sobre mim que eu não consigo ouvir, de sentar de costas para o fluxo de pessoas, de tocar maçanetas após lavar as mãos, de não enxergar conhecidos, de não cumprimentar e ser antipática. medo da morte próxima, medo de viver demais. medo do nunca e do pra sempre.
medo de ter medos demais e não sobrar nada para gostar de verdade. medo de escrever tanto essa palavra e não sobrar espaço pras outras, e ter medo sem saber do quê.