24.8.10

acordei e olhei para o nada, porque só o nada me era permitido.
quando fui dormir eu olhei além. em sonho não tenho limite.

22.8.10

voltando pra casa

chorou porque a lua nascendo enquanto o sol morria era linda
chorou porque sentia falta de algumas coisas e pessoas que não iam voltar a viver
chorou pela lembrança
chorou porque não sentir nada de verdade e de repente sentir tudo era extremamente desagradável.
e então, quando não havia mais lágrimas, chorou porque viver doia muito.
depois dormiu.

12.8.10

11.8.10

sobre contos

O texto em terceira pessoa não dói. Ou talvez seja o que dói mais. Incluir-se assim, deixando-se de lado, substituindo-se, fazendo pouco caso de si...
Escrever é sempre um exercício suicida, sempre arranca pedaço. E depois devolve, pela metade, o que sobrou de ser dito.